segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ferida

Abris-te um rasgão, no meu peito, tipo ferida aberta que não fecha.
Diferente de todas as ditas “normais”, porque não tem côr, não tem cheiro! O sangue não está presente, mas não para de sangrar.


Sinto meu coração dormente e a minha Alma quieta para não alastrar mais.
Não tenho palavras que expressem o monte de sentimentos que me vão na Alma, pois o choro fica preso na garganta e a minha voz torna-se num som de tristeza.



Neste momento, não se cura com medicamentos, nem com ervinhas naturais, nem com mesinhas, nem rezas... Nada!



Tive de colocar a armadura de ferro, a veste já enferrujada, para não me verem assim, já que o golpe profundo é teimoso de cicatrizar.



Não é nada, mas é tudo! E quando penso que finalmente voltei a página de um livro, o livro fecha-se e retorno exactamente ao mesmo capítulo, à mesma página, à mesma linha e palavra.
Se for assim, prefiro não ler mais livros de Amor e deixar-me ficar sossegada, sem me embalar no baloiço da Vida e perder as minhas Asas para Voar...
Estou assim...

sábado, 16 de maio de 2009

Saudades

Tenho saudade de tudo..
De pegar no carro e conduzir para parte incerta, onde o destino me acarecia a vista e a Alma.


De ver o mar, sentir aquela brisa marítima a tocar-me na pele e pensar no quanto o Mundo é belo. De contar as vezes que a onda rebenta aos meus pés. De me sentar na areia molhada e sentir a minha bela calça de ganga a ficar molhada, mas ficar ali na mesma. De apanhar conchas e deixar a marca dos meus pés na areia. De desenhar um coração grande a dizer “ Amo-te”, com setinhas e tudo!


De ver neve. De ver a claridade dela, quando o sol a penetra com os seus raios e que até parece que a quer derreter com toda a sua fúria.

De sentir a terra debaixo dos pés, de apanhar flores e fazer um bouquet de várias cores, de ouvir os pássaros a cantar aquelas melodias que nos fazem sorrir ao dia. De apanhar joaninhas e observar aquelas pintinhas todas.




De estar á chuva, senti-la no meu corpo e dançar com ela no meio da rua com um chapéu de chuva, como nos filmes.


De viajar, conhecer outros destinos, pessoas e custumes. De descobrir lugares e sóis e luas de outros, que não me pertencem.


...
De estar sentada no sofá a ver filmes que me fazem derreter a Alma e "ranhosar-me " toda, ou então, daqueles que nos fazem rebentar o estomago de tanto rir.

De estar á varanda a ver a paisagem linda do meu castelo de encantar e pensar se ainda existem principes e dragões? Se alguma vez existiram e imagina-los ali mesmo. De olhar aquela paisagem do infinito, com a mistura de cidade/serra/campo.






De estar horas a fio a tomar banho e depois entrar na realidade que a água é um bem tão precioso.
De rever fotografias, rever músicas antigas e sentir o passado a cair-me no pensamento.
...

De estar no colinho da mãe e sentir que sou dela e ela minha. De sentir que sou a menina dela e de ela me mimar, como sempre me mima. De a ouvir reclamar pela minha falta de presença, pela filha “ ingrata”... (são saudades, coitadinha!).

De estar com a minha avó. Ouvi-la dizer que me ama e que gosta tanto de mim, que tem saudades minhas e que nunca a vou visitar. Ouvi-la naquelas pequenas lamechas que para ela fazem a maior diferença do Mundo e que para mim, são meramente coisas da Vida.

De estar com a minha Nia, com o meu Adriano, com o meu puto... de estar com os meus de sangue, os meus primos, as minhas tias.
De estar com os meus amigos, de rir alto e a bom som e ficar com a sensação no final que o tempo é sempre pouco quando estamos com quem amamos.
De estar com os meus “sobrinhos” pequeninos e tentar perceber o que eles me dizem e cheirar aquela pele de bébes ( um cheiro irresistível!).
...
De estar a renhonhar na caminha, acordar nos braços do meu Amor e ouvir o quanto sou importante para ele e para a Humanidade ( tive piada, agora!).


Tenho saudades...que querem?...

terça-feira, 12 de maio de 2009

Ti Amo

Não é uma expressão que use á muito tempo, como aquelas meramente usuais do “ok”.
Esta expressão tem sensivelmente um ano e não a uso com qualquer pessoa, nem em qualquer momento de Vôo.
Como já referi, só algumas pessoas têm o privilégio (sim, tenho de dizer privilégio) de as ouvir.
Para mim, além de quantificar o grau de sentimentos por quem a ouve ou a lê, quer também dizer o quão importante essa pessoa é para mim.
O meu Vôo não seria o mesmo sem os “ Ti Amo”... nem eu seria a mesma pessoa sem a existência de algumas pessoas tão especiais, tão amigas que Amo!

Tenho saudades de certos momentos com as Almas ouvintes dos “ Ti Amo”. No entanto, vou voando em busca desses momentos e dessas emoções.

Ahhhhhhh... Nunca hei-de riscar esta expressão do meu dicionário! Tenho de consiguir pintar o meu Céu da cor que eu quiser para poder encontrar coisinhas tão boas e expressivas como os " Ti Amo"!




quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sitiados - Os dias sem ti

Existem dias que certas pessoas nos fazem muita falta... talvez pelo cheiro, pelo calor da Alma, pelo abraço, pelo simples olhar!
Existem certas atitudes que nos marcam e que nos deixam saudades boas.
Por isso, vou voar pelo meu pensamento e tentar encontrar-te pelo Mundo ( nem que seja dos sonhos!).

domingo, 3 de maio de 2009

Meu Abrigo - Mafalda Veiga

A minha mãe é, e será sempre, o meu abrigo. Por mais que Voe, será sempre o meu ninho, o meu abrigo!
Obrigado por me teres dado as Asas da Vida, ou mesmo teres-me dado Vida ás Asas.

Dia da Mãe

Existimos por elas…
Sei que também dependemos os dos nossos pais (homens) para existirmos, mas as MÃES, sem questionar, são únicas.
A verdadeira essência de existirmos deve-se ás mães e como tal amamos sem limites.

As mães que mesmo cansadas, com muito trabalho, doentes, conseguem ter sempre um sorriso que nos ilumina a cara.
As mães que com algum sacrifício nos compõem a roupa, quando dormimos e nos beijam com ternura e com um alento de esperança.
As mães que mesmo do outro lado do Mundo sofrem por nós, como se de uma chaga aberta se tratasse, quando algo corre menos bem.
As mães que não são mães de sangue, mas que conseguem doar e dar todos os afectos como se de sangue se tratasse, em prólogo do bem-estar e segurança de um outro ser.
MÃE...dos primeiros passos, das primeiras palavras…
MÃE… das primeiras quedas, das primeiras cantorias…
MÃE… das primeiras papas, dos primeiros segredos…
MÃE… das primeiras letras, das primeiras contas…
MÃE… dos primeiros lanches, das primeiras bebedeiras…
MÃE… dos primeiros namorados, das primeiras lágrimas de desilusão…
MÃE… dos primeiros troféus, das primeiras conquistas…
MÃE… das primeiras saídas, das primeiras noitadas…
MÃE…
MÃE… sempre a primeira e que a acaba por ser, por vezes, também a última a desistir de nós.
A todas as Mães um Beijo ternurento e um agradecimento eterno por nós deixarem ser filhos.


À minha MÃE, em especial, gostaria de concretizar um sonho (que é pouco, para quem já me deu tanto), mas esse sonho é mais um desejo dela. Acredita que um dia ainda vou ter alguém que me chame a mim, de MÃE…


“Palavras para a Minha Mãe
Mãe, tenho pena.
Esperei sempre que entendesses as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
Sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
Pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
Às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo, a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
Lê isto: mãe, amo-te. Eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes. "
“José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão"

sexta-feira, 1 de maio de 2009

REVOLUÇÃO DOS CRAVOS

Por mais palavras que gostaria de partilhar convosco sobre o 25 de Abril, achei mais apropriado partilhar a música do inicio da revolta e de uma nova vida para o País.

Dia do Trabalhador

O 1º de Maio é celebrado anualmente como sendo o Dia do Trabalhador. Este dia é comemerado em vários países do mundo, sendo feriado em Portugal, assim como em muitos outros países.
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução dos Cravos) é que se começou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pela polícia ( nomedamente pelo regime Salazarista).
O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo. Em algumas regiões é costume a população fazer pic-nics e são organizadas algumas festas na região.
Eu para comemorar este dia, vim trabalhar! Para se comemorar tem de se colocar em acção práctica as tarefas diárias. Tem de ser... temos de ser duros!