segunda-feira, 1 de março de 2010

Sangue

O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na medula óssea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas, oxigénio e gás carbónico. O sangue é constituído por diversos tipos de células que constituem a parte "sólida" do sangue e cerca de 45% de volume total. Já os 55% restantes são formados de uma parte líquida chamada plasma e de aproximadamente 45% de outros componentes que agrupados constituem os elementos figurados do sangue. São divididos em Leucócitos ou Glóbulos Brancos (células de defesa), Glóbulos vermelhos, eritrócitos ou Hemácias (transporte de Oxigénio) e Plaquetas (factores de coagulação sanguínea).

O sangue é dividido em plasma sanguíneo (55%) e células do sangue (hemácias e leucócitos). As funções do sangue são de transporte, tanto de oxigénio, quanto de gás carbono, e de protecção, pois é através do sangue que nossas células de defesa chegam a qualquer lugar infeccionado. O sangue forma o tecido hemocitopoiético ou hematopóietico, que também é um tecido conjuntivo, pois possui grande quantidade de material extra celular, denominado, nesse caso, plasma.
Esse líquido amarelado é composto basicamente por água (92%), mas também é constituído por sais, proteína, harmónios, nutrientes, gases e excreções. A função do plasma é transportar essas substâncias por todo organismo, permitindo às células a receber nutrientes e excretar substâncias geradas no metabolismo. As proteínas do plasma são muito importantes pois as responsáveis pelo transporte dos ácidos graxos livres e algumas (imunoglobulinas) também actuam como anticorpos."

Mas, não é para vos dizer o significado da palavra sangue que escrevi este post.

Hoje tirei o dia para ir confraternizar com o Grupo Dadores Benévolos de Sangue da Freguesia de Abrã, através do convite da amiga Presidente Piti, desculpem: Ana Luisa Justino.
Realmente há pessoas que nos surpreendem nesta Vida, onde passamos por ela a correr e esquecemos que o que nos faz viver é mesmo o correr de sangue nas veias, artérias e afins.
Ouvi discursos emocionados, palestras explicativas sobre o tema, agradecimentos e até uma representação teatral.

Gostei. Não somente pelo que ouvi e aprendi, mas também por me aperceber que ainda existe muita gentinha boa a ter preocupação pelo próximo. A ser solidário com pessoas que não conhecem. A repartir a alegria de servir pelo bem da comunidade.


É do conhecimento geral (penso eu!), que o sangue, sangue mesmo, não se fabrica artificialmente tipo material de laboratório ou mesmo produto final de um processo fabril. Só o Ser Humano o pode fabricar e doar. Como tal, o sangue existente nos serviços de sangue dos hospitais depende diariamente de todos que decidem dar sangue.

No meu entender, dar sangue é fazer algo de extraordinário. È dar parte de nós, em prologo do bem-estar dos outros e até posso dizer de fazer Voar uma Vida.
Só mais uma coisinha, a Sra. Presidente do Grupo Dadores Benévolos de Sangue da Freguesia de Abrã convida as pessoas a Voarem até ao verdadeiro Mundo da Dádiva de Sangue.

“O passo mais importante na história da transfusão foi a descoberta da circulação do sangue por W.Harvey em 1613. A partir daqui ganhou outro impacto aquilo que havia sido escrito pelos gregos e pelos cristãos que o sangue era vida e que podia curar doenças.
Algumas experiências de transfusão directa de sangue, entre animais, só vieram a ter lugar a partir de 1665, com Lower.
Dois anos mais tarde verificou-se a primeira reacção transfusional hemolítica num doente que recebeu sangue incompatível.
A incompatibilidade verificada causou a morte de muitos doentes, o que veio a determinar a proibição das transfusões de sangue em 1678.
Face a isto, só um século mais tarde se volta a falar da transfusão. Blundell, em 1818, utilizou sangue do próprio doente – transfusão autóloga – e de outros seres.
A terapêutica umas vezes era bem sucedida, outras não, tendo alguns doentes apresentado problemas após transfusão que conduziram à sua morte.
A causa destes incidentes só veio a ser descoberta em 1900 quando K.Landsteiner identificou que os eritrócitos de algumas pessoas ficavam aglutinados quando em contacto com o plasma ou o soro de outras. Três anos mais tarde classificou os grupos sanguíneos em A, B e 0 e só alguns anos depois foram feitas as primeiras provas de compatibilidade antes de uma transfusão.

Desde então, o avanço tecnológico e científico nesta área tem conhecido novos e importantes desenvolvimentos, o que tem permitido uma maior eficácia e rentabilização do sangue, permitindo o tratamento dos doentes com componentes sanguíneos de acordo com a sua deficiência.
A generalização da prática de transfusão de sangue, em Portugal e no Mundo, aconteceu verdadeiramente na última metade do século XX. A transfusão de sangue adquiriu grande importância como método terapêutico no tratamento de doentes e sinistrados, o que determinou a criação de uma rede nacional mobilizadora da dádiva de sangue na comunidade e orientadora dos diferentes intervenientes na transfusão, com respeito das exigências e necessidades, então, sentidas.”

Instituto Português do Sangue
http://www.ipsangue.org/

Sem comentários: