sábado, 20 de fevereiro de 2010

Traição

Na época das relações liberais e abertas, na era do temos todos de ter a nossa liberdade, neste século onde se vive a expressão “das amizades coloridas”, a infidelidade continua no terreno, apesar de muita gente achar que não se pode ser infiel quando não há compromisso.

A meu ver, a traição continua a ser uma das dores mais difíceis de suportar e ultrapassar. E falo de um relacionamento conjugal e também de um relacionamento entre amigos. Seja de que maneira for, nunca deixa de ser um golpe invisível, doloroso e sem sangue!

A pessoa traída ficará marcada para sempre, perde a confiança e fica fragilizada. Dá-me ideia que se as pessoas pudessem utilizar o “ undo “ informático para não se magoarem mais e para reverter a situação, aposto que o fariam.
Acho que a pessoa traída fica queimada por dentro, como se alguém tivesse queimado o seu sistema emocional. Aparecem também os sentimentos de culpa… o belo do porque? Pois é!
Depois nascem as mentiras conscientes, as mentiras inocentes, o abuso verbal, o quebrar de promessas, o desabar do nosso Mundo, o deixar de acreditar nas lindas histórias de Amor e Amizade e Cumplicidade e Honestidade e Humildade! (tanta coisinha boa!).

Vou deixar conselhos:
Primeiro: gostarmos de nós mesmos em primeiríssimo lugar;
Segundo: mantermos a sanidade emocional;
Terceiro: não esquecer que quem nos ama, também respeita as nossas escolhas e a nossa integridade.
Quarto: limpe as suas lágrimas, levante-se, recomece e sinta-se feliz por ser alguém de confiança.

Deixo aqui, neste meu e vosso espaço uma frase que resume o meu sentimento pela traição (para pensarmos, se quiserem!…)

“Fiquei magoado, não por me teres mentido, mas por não poder voltar a acreditar-te.”
Friedrich Nietzsche
"A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade."
Joubert

3 comentários:

Elisa disse...

Minha Ana Borboleta, Flor, como gosto de te chamar, aqui deixaste um post que põe o dedo na ferida de alguns de nós e magoa a sério. A mim, magoa-me duplamente. É verdade, haja farturinha! :/... Traí.
Sem pensar que o fazia. Pensei apenas em mim. Quis. Gostei. Não, corrijo: Amei!
Ponto final. Isso seria outra história, escrita contemplando uma só vertente tendo-me a mim como traidora, infiel.

Há o outro lado - pois, tambem fui traída.
Haverá quem bata palmas e me queira atirar com o ditado: Quem com ferros mata, com ferros morre.

Se calhar foi assim que quem me traiu pensou,que eu não era digna de melhor tratamento.
Tinha sido preferivel outro carrasco. Aleijava menos.

Sentimento de Mim disse...

Trair é dizer ao outro e a nós mesmos que não há amor. Porque amar é querer só aquela pessoa. Quem é traído (e sabe) fica orfão de afectos, resume-se durante algum tempo ao apalpar do mundo e perceber quem afinal é de confiança. Numa relação, após a traição nada mais é como era. Reconstruir uma relação é como construir um prédio sem fundações... que normalmente cai ao mais pequeno abalo de vento...

natalia disse...

Não tendo a ver com o contexto, deixo-te aqui uma mensagem escrita à muito tempo:

" A compaixão é tambem fazer tudo com alma, com dedicação, com amor e a esperança é aquela centelha que acende dentro de nós uma luz que nos alimenta e nos dá força para enfrentar cada dia e lutar contra as adversidades...
O amor e a esperança, de mãos dadas com a amizade, conseguem fazer com que o teu mundo, o meu e o de todos nós, seja um mundo melhor! "