Pai

Hoje foi uma correria à hora de almoço para irmos comprar uma prenda para o Pai (para quem é mais esquecido, amanhã é Dia do Pai). Foram t-shirts, ou um avental, ou um canivete…
Tivemos de tudo, mas até foi giro ver a alegria das minhas amigas, umas a comprarem para os pais e outras, por sua vez, a comprarem para os filhotes darem aos maridos.

Uma colega de trabalho perguntou-me (inocentemente): “ O que vais dar ao teu Pai?” e eu respondi: “ Um ramo de flores”.
Pois, o meu Pai querido já voou desta vida para outro sítio (espero que bem melhor que este Mundo), mas eu sei que me continua a guiar e a ver! (Eu sinto!) Já faz dez anos que ele voou do nosso ninho e ainda me dói muito.
Tenho de admitir que alguns dias me tento esquecer, para não sofrer com a sua falta.
Porém, tenho muitos dias que ele se encontra presente, quando estou alegre, quando chove e me lembro dele a aquecer-se na lareira, quando estou triste, quando vejo um dia soalheiro e me lembro dele a levar-me em cima dos pés dele do mar até à toalha na praia (detestava ficar com os pés sujos de areia, imaginem!), quando acontecem coisas boas ou quando acontecem menos boas… Ele está presente!

No meu coração existe uma enorme e intensa saudade, porque não vejo o seu sorriso, porque não o sinto a entrar em casa, porque não oiço a sua voz a chamar-me de “ A minha Borboleta”.
Pois é, esta minha adoração por borboletas é uma herança deixada pelo meu querido Pai, que de forma carinhosa me chamava.

Nestes dias, assim, especiais, mesmo que se queira dizer muito ou mesmo homenagear o meu Pai, é impossível ter letras, palavras e textos que me o permitam, porque a saudade não voa, fica, aqui, no coração.
Se o meu Pai estivesse comigo hoje, dizia-lhe Amo-te todos os dias! Continuo a dizer e, de alguma forma, espero que ele me ouça.
Obrigado Pai, por eu ser tua filha.